Deitada na poeira e flores no domingo, o corpo mais quente do que o asfalto lá fora.
Os sentimentos agudos, tudo fica sensível, frágil. Perdi a fortaleza na fortaleza. Não sei o que sonhar quando o sonho vira realidade, e a realidade evapora as vidas que ficam, as que vão, que foram, e que chegam.
Eu não quero o frio, mas o sol aquece demais. O chão queima, o corpo muda, a respiração ofega. Todo aquele tamanho lá fora eu não consigo, eu não consigo acreditar que o desejei. Sou tão pequena quanto os pequenos, por saber o tamanho deles e o dos outros.
Me larga aqui, sobrevivendo nesse sonho azul.
Me larga aqui nessa saudade. Nessa certeza, na incerteza. Me larga aqui nesse sonho. Nesse azul. Azul real.
Tudo amadurece. Fica comum, incomum, azul escuro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário