Permanecer'Pertencer

Me perco na imensidão dos passos. Vagos. Vazios. Perdidos. Respiro, fujo. Me perco ao longo dos prédios, e questiono como seria pular de um deles. Qual deles escolheria, qual dia escolheria.

Me perco por todos os lados. De todas as formas. Não sei mais de onde pertenço, pertencer.
Não sei mais de quais lugares e pessoas. Não sei mais que sentimentos. Por pertencer ou não pertencer, a vida fica cada vez mais cheia, vazia, feliz e depressiva. Todas as coisas não são um ponto gigante de interrogação, não. Elas simplesmente são. Tudo que diz tanta coisa. Na verdade não diz nada. Não significa nada. E é perdida nessa espaço, nesse universo, que não sei de onde sou, não sei mais onde quero estar por querer estar em todos os lugares. Não sei se pertenço, só permaneço. E permanecer me traz de volta aos pontos iniciais. Tudo gira e para no mesmo lugar. Aqui de novo. Em ciclos abertos.
Estou livre das coisas, e dos outros, mas estou presa em mim. Não dentro. Nada que possa ser explicado, pouco entendido. Se pode sim ser, mas não quero, nem devo.

Siga-se/me em passos permanentes. Não importa por onde ou por quem, eu vivo, e não se sabe como, ou por que. Não sei explicar como vim parar aqui. As coisas simplesmente são.

Como não pertenço, pertencendo tanto. Permanente. Permaneço. Me permaneça. Você me pertence. Apenas permaneça nesse ciclo. Eu nunca pertenço.